3, 2, 1 ... Pipocas | O Principezinho (The Little Prince)
Estreou a 3 de dezembro deste ano, e para mim é um clássico.
Li o livro na escola, fui ao teatro ver a peça há alguns anos, só faltava mesmo ir ao cinema ver o filme.
"O Principezinho" prometeu (e cumpriu) e já é um sucesso de bilheteira. Ontem foi a minha vez de ir vê-lo, em família, como manda a tradição, nesta época que é o Natal.
Inspirado no livro de Antoine de Saint-Exupéry, "O Principezinho" chega ao cinema sobre a produção de Mark Osborne (realizador também do "Panda do Kung Fu").
Para quem vai ao cinema à espera de ver a história tal e qual contada como no livro, pode tirar essa ideia da cabeça, pois não é um adaptação directa.
Esta versão conta a história de uma menina que está a crescer depressa demais, graças à sua mãe, que lhe traça um excelente plano de vida, que a impede de ter qualquer vida, para além dos estudos. A mãe da menina quer esta entre numa escola de renome, a todo o custo, e para garantir que a filha passa na prova de inscrição, ambas mudam de casa, tornando-se vizinhas do aviador.
Este Aviador, que vai aos poucos se vai tornando amigo da menina, fazendo-a ser a criança que ela aparentemente nunca foi, é quem conta a história do Principezinho. No entanto, quando chega à altura da menina saber o final da história do Principezinho, esta fica chateada, pois não era o final que esperava, cortando assim laços com o Aviador.
Perto do final do verão, o Aviador fica doente e é internado. Nessa noite, a menina parte em busca do Principezinho, pois pensa que ele puderá ajudar o seu mútuo amigo, o Aviador. Ao voar no avião do Aviador, vai até um asteróide habitado exclusivamente por adultos, onde todos trabalham sem alegria para o Homem de Negócios. Lá, ela encontra o Principezinho, que agora se encontra também crescido e que se esqueceu da sua infância.
Vamos então ao: Então devem ou não ver o filme?
É sem dúvida, um SIM!
É um clássico, com uma banda sonora excepcional (de Hans Zimmer), com uma história profunda que deixa qualquer um K.O. É impossível verem o filme sem se emocionarem (por isso levem lenços, vão precisar).
Na minha opinião, não é um filme para crianças, apesar de ser de animação. Assim como vários filmes de animação feitos este ano (vêm-me agora à cabeça o "Inside Out"), é um filme acessível a crianças, mas para adultos. Este filme aborda assuntos como a perda, o esquecimento, o que é gostar de alguém, o que é sentir medo e como devemos enfrentar os nossos medos, e todos estes assuntos são algo que as crianças acham muito "bonito", mas que não entendem realmente. Talvez por isso, vi as crianças todas felizes a sairem da sala de cinema, e eu (mais uns quantos pais) a chorarem feitos "Marias Madalenas".
E é sem dúvida, um filme para ver em família, e ainda para mais na época em que estamos, o Natal. Época em que todas as pessoas devem sentir-se como crianças (e não estou a brincar). E por isso, do filme retiro esta frase: "Crescer não é o problema, esquecer é!"
Só a título de curiosidade, fui ver a versão dobrada do filme com vozes de Rita Blanco (Mãe), Joana Ribeiro (Menina), Paulo Pires (Raposa), Rui Mendes (Aviador) e Francisco Monteiro (Principezinho). Mas as vozes originais são de atores bem conhecidos como Rachel McAdams, Marion Cotillard, James Franco e Jeff Bridges.
Vê o trailer aqui.
Votação: 9/10
Bons filmes,